(ANSA) - O norte da Itália atravessa uma onda de mau tempo causada pela chegada de um ciclone, e os temporais já danificaram casas e causaram interrupções nos transportes, especialmente em Milão, que ainda se recupera dos danos do ciclone do mês passado.
Na cidade, um idoso de 68 anos sofreu traumatismo craniano após a queda de uma telha em sua cabeça, por causa do forte vento que acompanhou as chuvas que atingiram a cidade.
Outra pessoa precisou de socorro após ter sido atingida por um vaso de plantas que caiu de uma janela em meio à ventania.
Os serviços de emergência registraram ao menos 180 chamados para casos relacionados ao temporal, entre pessoas bloqueadas por quedas de árvores, e feridos por fechamentos de janelas e portas causados pelo vento.
O Corpo de Bombeiros também foi acionado para casos de destelhamentos e risco de quedas de tetos de casas, e a autoestrada que liga Milão a Gênova teve a circulação interrompida pela queda de uma árvore.
A circulação de bondes ainda foi afetada por quedas de galhos em cabos da rede elétrica. Segundo a ATM, empresa que administra o transporte público, ao menos cinco linhas foram afetadas, e algumas delas foram substituídas por ônibus.
As linhas ferroviárias Milão-Alessandria e Milão-Pavia também tiveram a circulação interrompida entre estações por causa dos danos causados pelas chuvas.
"As chuvas intensas preocupam pelo risco de transbordamento dos rios Seveso e Lambro. Foram ativadas ações preventivas de risco hidráulico com limpezas. Pedimos máxima atenção", disse o secretário de Segurança da Cidade de Milão, Marco Granelli.
Enquanto a cidade está em estado de alerta, o acesso aos parques e áreas verdes fica proibido, e a recomendação é para que as pessoas evitem ficar sob árvores, andaimes e tendas.
O fenômeno deve colocar fim à última onda de calor prevista para o verão de 2023 no país.
O ciclone vai atravessar a Itália a partir de segunda-feira (28) e sair na quarta (30), provocando quedas de temperaturas entre 15 e 20ºC em relação aos dias anteriores.
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