(ANSA) - Os procedimentos que permitirão o despejo das águas residuais radioativas tratadas da usina nuclear de Fukushima, no Japão, no oceano estão previstos para começar na próxima quinta-feira (24).
A decisão foi tomada pelo primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, depois de ter inspecionado no último fim de semana a central e se encontrado com associações locais de pescadores.
A autorização para o procedimento já havia sido dada pelo antecessor de Kishide, Yoshihide Suga, em abril de 2021.
A medida de Tóquio não foi vista com bons olhos por países vizinhos, principalmente a China, que até proibiu algumas importações de alimentos de 10 províncias japonesas, e pela indústria pesqueira da região, preocupada com a reputação dos produtos da região.
John Lee, governador de Hong Kong, ordenou o bloqueio "imediato" das importações de alguns produtos alimentares japoneses.
A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina, informou que os quase mil tanques estavam com 98% de sua capacidade já no mês passado. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), por sua vez, garantiu que o plano do governo está em conformidade com os padrões de segurança globais.
O premiê japonês também declarou que o país seguirá comunicando os planos aos moradores locais e à comunidade internacional "com um elevado nível de transparência".
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