(ANSA) - Enquanto o anticiclone Caronte, que causa uma onda de calor na Itália, ainda não atingiu o pico no sul, a Defesa Civil já alerta para temporais e chuvas de granizo no norte do país.
As chuvas nas regiões da Lombardia, Emilia-Romagna, Vêneto, Friuli Veneza Giulia e Trentino Alto Adige já começam nesta quarta-feira (19).
Em outras partes do país a previsão se manteve de sol com termômetros na casa dos 40ºC, caso de Bolonha e Ferrara.
Em Isola Maggiore, na Umbria, a expectativa é de que os termômetros marquem até 46ºC.
A partir de quinta (20) o fenômeno começa a se deslocar, baixando as temperaturas no centro-norte e levando a um gradual novo aumento no sul, especialmente no fim de semana, segundo o portal iLMeteo.it.
A onda de calor causou aumento de uso de energia elétrica no país, que chegou, nesta quarta, a 59,10 gigawatts, perto do recorde do país, registrado em julho de 2015, de 60,5 gigawatts.
Em alguns locais, como Nápoles, no sul, a rede elétrica está sobrecarregada pelo uso de aparelhos climatizadores e moradores relatam frequentes quedas de energia.
Também em Nápoles, os operadores do telefone de emergência, que na Itália é o número 118, registraram aumento no número de atendimentos.
Os registros estão 15% acima da média e o total já chega a 3 mil ligações por dia, com pedidos de socorro para casos de desmaios, desidratação e hipertensão, principalmente para crianças e idosos.
Diante dos riscos à saúde, o Ministério do Trabalho italiano convocou uma reunião para esta quinta-feira (20) com empresas e sindicatos para discutir medidas de cuidado durante picos de calor.
"Acompanhamos com atenção a evolução das condições climáticas na Itália e os relativos impactos nos contextos trabalhistas e produtivos: a saúde e a segurança nos locais de trabalho são prioridade", declarou a ministra, Marina Calderone.
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