(ANSA) - Um grupo de ativistas contra a crise climática despejou neste sábado (6) um líquido preto à base de carvão na água da Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona, em Roma, para alertar sobre o futuro que espera a humanidade com secas e enchentes cada vez mais frequentes.
Ao todo, quatro pessoas ligadas à campanha "Não vamos pagar pelos fósseis", promovida pelo grupo italiano Última Geração, foram retirados do local pela polícia da capital italiana.
"O nosso futuro é tão negro como esta água: sem água não há vida. E com o aumento das temperaturas estamos expostos, por um lado, à seca e, por outro, às inundações", afirmou Anna, uma das ativistas.
"Água que falta para cultivar alimentos, água que cai junto destruindo as casas. Anos difíceis nos esperam, mas se não zerarmos as emissões imediatamente, serão terríveis. O colapso já está em curso e não podemos mais detê-lo: prova disso são os eventos extremos cada vez mais frequentes e devastadores, como a inundação na Emilia-Romagna há alguns dias. Por isso, pedimos ao governo que desfaça imediatamente os bilhões que gasta em combustíveis fósseis, a principal causa dessas tragédias, e os use para tomar medidas urgentes para proteger os italianos das consequências das bombas d'água, seca extrema, ondas de calor mortais", acrescentou ela.
Em uma publicação nas redes sociais, o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, criticou o protesto e o classificou como "mais uma insensata desfiguração dos monumentos" da cidade.
"Desta vez, a magnífica Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona, foi desfigurada. As lutas certas tornam-se erradas se danificam os bens comuns. É não colocando em risco o patrimônio artístico que salva o meio ambiente", escreveu o prefeito nas redes sociais.
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