(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua visita a Londres nesta sexta-feira (5) e se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, na residência de Downing Street, um dia antes de participar da coroação do rei Charles III.
Durante o encontro, Sunak anunciou que o Reino Unido será o quarto país a contribuir para o Fundo Amazônia. O valor da ajuda ainda não foi oficializado, mas a imprensa local especula que a doação seja avaliada em R$500 milhões.
"Além de futebol, temos muito em comum. Relações econômicas, fluxo comercial e as mudanças climáticas. Tenho prazer de anunciar nesta ocasião que vamos investir no Fundo Amazônia, e tudo isso é feito pelo seu trabalho e sua luta. É um prazer muito grande tê-lo aqui", declarou o premiê britânico.
Por sua vez, o petista afirmou que sua viagem ao país tem como objetivo "tentar restabelecer a normalidade na relação entre Brasil e Reino Unido". De acordo com ele, as relações são boas, mas "certamente" aquém do possível no que diz respeito ao comercial.
"O país ficou isolado por seis anos. Nós agora queremos retomar primeiro a discussão comercial, há possibilidades enormes de aumentar o fluxo", acrescentou Lula, esperando uma retomada da relação e reforçando os compromissos ambientais.
Em uma publicação no Twitter, Lula comentou também sobre o encontro. "Em Londres, me encontrei com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak. Tivemos uma boa conversa sobre nossas relações comerciais, proteção do meio ambiente e a paz no mundo", escreveu.
Antes da reunião, o governo brasileiro já havia antecipado que Lula e Sunak discutiriam alguns temas específicos, como o comércio entre os países, cooperação tecnológica e questão ambiental.
Além do petista, a comitiva do Brasil também conta com a presença da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim.
Lula viajou para a Inglaterra para participar da coroação do sucessor da rainha Elizabeth II, morta no dia 8 de setembro de 2022, no próximo sábado (6), na Abadia de Westminster. Na sequência, ele irá a uma confraternização reservada aos chefes de Estado, a convite do rei.
Hoje, no entanto, a agenda prevê a presença do petista em uma recepção realizada pela família real britânica no Palácio de Buckingham às delegações estrangeiras presentes no país para a cerimônia.
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