(ANSA) - Um grupo de ativistas de topless bloquearam o trânsito no centro de Roma, capital da Itália, nesta quinta-feira (4), para destacar a necessidade de enfrentar a crise climática após chuvas torrenciais deixarem dois mortos na região da Emilia-Romagna.
O protesto foi promovido pelo grupo italiano Última Geração, que mudou sua tática após o governo introduzir multas pesadas contra os manifestantes que atacam monumentos e locais históricos.
Ao todo, seis mulheres sentaram-se em uma faixa de pedestres na movimentada rua Via del Tritone, que leva à Piazza Barberini, com a frase "Pare com os fósseis" escrita nas costas, além de uma faixa dizendo "Não pagaremos pelos combustíveis fósseis".
A mobilização faz parte de uma campanha para acabar com o investimento público e os subsídios aos combustíveis fósseis, a força motriz das emissões de gases de efeito estufa que causam a crise climática. A polícia interveio para impedir o protesto.
Em um comunicado, o grupo ressaltou que as inundações mortais desta semana na região da Emilia-Romagna foram uma demonstração dramática de como a crise climática está afetando a vida das pessoas. "Nós andamos nus com nossos corpos, vulneráveis como o planeta", disse.
O grupo tem provocado polêmica na Itália e já promoveu outros atos, como jogar tinta no teatro La Scala de Milão e na sede do credor estatal CDP, além de jogar sopa em uma pintura de Van Gogh em Roma e farinha em um carro de Andy Warhol em Milão. Quatro ativistas foram indiciados pelo último protesto.
Em março, o grupo também chegou a borrifar tinta laranja nas paredes do Palazzo Vecchio, sede da prefeitura de Florença, como parte da campanha "Não Pagaremos por Combustíveis Fósseis".
O prefeito de Florença, Dario Nardella, foi aclamado como um herói por alguns depois de enfrentar um dos ativistas envolvidos e até mesmo ajudar na operação de limpeza.
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