(ANSA) - O aquecimento dos oceanos em todo mundo voltou a bater um recorde pelo sétimo ano consecutivo em 2022, informaram pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências nesta quarta-feira (11).
O estudo do grupo, que monitora as temperaturas desde 1950, foi publicado na revista "Advances in Atmospheric Science", e conta também com apoio de outras entidades interacionais, como o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) e da Agência para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável (Enea), ambas da Itália, e da Administração Nacional para Oceanos e Atmosfera (Noaa), dos Estados Unidos.
Segundo os resultados de 2022, a quantidade de calor aumentou 10 zettajoules - ou seja, 1 joule (unidade de medida de calor) seguida por 22 zeros - especialmente nos dois primeiros mil metros de profundidade.
Para efeito de comparação, 10 zettajoules de calor podem manter em ebulição 700 milhões de chaleiras de 1,5 litro por um ano inteiro.
Além do calor em si já afetar toda a vida marinha, ele ainda provoca um efeito de alta na salinidade, o que causa um efeito de estratificação na água. Assim, as camadas não se misturam facilmente e levam a problemas na troca de calor, carbono e oxigênio com a atmosfera.
Com isso, os especialistas apontam que há fortes preocupações sobre os efeitos do problema não apenas sobre a vida nos ecossistemas marinhos, mas também na dos humanos e nos ecossistemas terrestres, já que são os oceanos os que mais absorvem o aquecimento provocado pelas atividades das pessoas.
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